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Ciências Biomédicas, Biomed Biopharm Res., 2021; 18(2):164-175

doi: 10.19277/bbr.18.2.270; [+] versão PDF aqui ;  [+] versão inglês html aqui

 

 

Avaliação do risco nutricional em idosos utentes de uma residência sénior – um estudo de caso

Diana Pereira 1, Cíntia Ferreira-Pêgo 2, and Bruno Sousa 2*

1School of Sciences and Health Technologies, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Av. Campo Grande 376, 1749-024 Lisbon, Portugal; 2CBIOS – Universidade Lusófona’s Research Center for Biosciences & Health Technologies, Campo Grande 376, 1749-024 Lisboa, Portugal

*autor para correspondência: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Resumo

Os idosos apresentam apetite e gasto energético reduzidos, e a possível desnutrição está relacionada com o declínio nas funções biológicas e fisiológicas, assim como com as suas consequências. O objetivo do presente trabalho consistiu em avaliar o estado nutricional e o risco de desnutrição em idosos institucionalizados numa residência sénior. Foi realizada uma análise observacional transversal, entre fevereiro e março de 2019, numa residência sénior privada, na qual foi aplicado o Mini Nutritional Assessment (MNA) completo. Do total de 45 participantes, 5 indivíduos (11,1%) apresentaram um estado nutricional adequado, 18 apresentaram desnutrição (40,0%) e 22 estavam sob risco (48,9%). A desnutrição estava relacionada com uma diminuição da ingestão alimentar nos últimos 3 meses (p=0,015) ou com o facto de terem passado por algum tipo de stress psicológico ou doença aguda no mesmo período de tempo (p=0,023). Também se encontrou uma maior prevalência de desnutrição em indivíduos acamados ou em cadeiras de rodas (p<0,001), assim como em pacientes com demência grave (p=0,010), com presença de lesões na pele ou escaras (p=0,006), perda de peso nos últimos 3 meses (p=0,003), e consumo <3 copos de líquidos/dia (p=0,017). Como conclusão, nesta residência verificamos que os valores de desnutrição e de risco de desnutrição são elevados, evidenciando a necessidade de uma intervenção nutricional.

 

Palavras-chave: Avaliação nutricional, Desnutrição, Estado nutricional, Idosos

Recebido: 30/07/2021; Aceite: 1/12/2021

 

Introdução

De acordo com o site PORDATA, no ano de 2018 a população com 65 anos ou mais, representava 21,7% do total da população portuguesa, observando-se um aumento ao longo dos últimos anos (1). O envelhecimento é um processo, condicionado por diversos fatores, sendo eles, biológicos, sociais, ambientais, históricos e culturais (2,3). As pessoas idosas geralmente têm apetite e gasto energético reduzidos, o que pode estar relacionado com o declínio nas funções biológicas e fisiológicas, como redução da massa magra, e/ou alterações nos níveis de citoquinas e hormonas e/ou alterações na regulação de eletrólitos nos fluidos orgânicos, os quais detêm um efeito independente sobre o atraso do esvaziamento gástrico o que pode levar a uma diminuição do olfato e do paladar (2,3). Adicionalmente, alterações patológicas e sociais do envelhecimento, como doenças crónicas, doenças psicológicas, depressão, isolamento social e toma de medicação, desempenham um importante papel na complexa etiologia da desnutrição no idoso (2,4).

A desnutrição define-se como “um estado no qual uma deficiência ou desequilíbrio de energia, proteína ou outros macro e micronutrientes, causa efeitos adversos na forma, função e resultado clínico” (2). A etiologia é multifatorial, não sendo possível apresentar apenas uma causa (2). É neste sentido, que a malnutrição é um elemento importante e fundamental da saúde da população idosa, já que afeta largamente o processo de envelhecimento, causando declínio no estado funcional, função muscular prejudicada, diminuição da massa óssea, disfunção imunológica, anemia, função cognitiva reduzida, má cicatrização de feridas, atraso na recuperação da cirurgia, maiores taxas de internamento hospitalar e consequentemente maior mortalidade (2,3).

A prevalência de desnutrição é superior na população idosa, em comparação com qualquer outra faixa etária, sobretudo em população idosa institucionalizada (2,5). De acordo com o estudo Portuguese Elderly Nutritional Status Surveillance System (PEN 3S) (6), 4,8% dos idosos que residem em lares estão desnutridos enquanto que apenas 0,6% dos idosos que residem nas suas casas se encontravam na mesma situação clínica. No caso de risco de desnutrição verificou-se que nos lares este foi igual 38,7% enquanto que para aqueles que residem nas suas residências habituais foi de 16,9%. Também outros estudos internacionais descreveram que mais de 30% dos doentes na admissão hospitalar se encontrava em risco nutricional (7). Estes dados em Portugal situam-se entre 28,5% e 47,3% (8) Contudo, a avaliação do risco nutricional dos idosos institucionalizados em específico em cada lar, de forma recorrente e em equipa multidisciplinar, é de especial interesse para fornecer informação sobre o estado nutricional. Esta mesma análise do risco nutricional é de extrema relevância para a promoção da coordenação de diversas áreas de atuação, como para a correta adequação dos recursos humanos, incluindo a presença de um nutricionista, já que promove uma melhor utilização de recursos, objetivando um efeito positivo na correção e tratamento desta condição, e consequentemente na longevidade e qualidade de vida do idoso.

Por todos estes aspetos, o principal objetivo da presente estudo foi avaliar o estado nutricional e o risco de desnutrição em idosos institucionalizados numa residência sénior em Lisboa, assim como avaliar os fatores relacionados e influenciadores dessa mesma desnutrição.

Material e Métodos

Desenho e estudo da população

O presente estudo consiste numa análise observacional transversal, especialmente desenhado para avaliar o estado nutricional de idosos institucionalizados, utentes de uma residência sénior particular do distrito de Lisboa, entre fevereiro e março de 2019. Como critério de inclusão foi considerado o total de utentes residentes o que perfaz um total de 47 idosos, contudo 2 não autorizaram participar neste estudo, sendo assim a amostra foi constituída por 45 idosos (96% dos idosos institucionalizados na residência analisada), 36 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. O presente estudo foi realizado de acordo com as normas éticas estabelecidas na Declaração de Helsínquia de 1964 e as suas posteriores emendas ou normas éticas comparáveis. A direção da residência sénior avaliada, aprovou a realização do presente estudo. Todos os participantes deram o seu consentimento informado antes da avaliação.

Avaliação do estado nutricional

O Mini Nutritional Assessment (MNA) completo foi aplicado pelo nutricionista, na presença da enfermeira que acompanha os utentes, para auxílio em algumas respostas (9-11). Esta ferramenta é constituída por 18 questões e dividido em duas partes: Triagem e Avaliação Global. O MNA foi aplicado com o objetivo de fornecer uma avaliação rápida e única do estado nutricional dos idosos residentes na residência sénior. O questionário pode ser aplicado em pacientes idosos em ambulatórios, hospitais e casas de repouso, tendo sido traduzido em vários idiomas e validado em vários contextos clínicos em todo o mundo (3). É composto por medições antropométricas simples e perguntas breves que podem ser concluídas em cerca de 10 minutos. A soma do resultado do MNA distingue entre idosos com: estado nutricional adequado (com pontuação superior ou igual a 24 pontos), desnutrido (com pontuação inferior a 17 pontos) e sob risco de desnutrição (se obtiver uma pontuação entre 17 e 23,5 pontos). As medições antropométricas foram efetuadas de acordo com procedimentos padrão, utilizando equipamentos calibrados (5,8). O peso foi medido por profissionais treinados utilizando uma balança eletrónica e registado o valor no decigrama mais próximo (0,1 kg). A estatura foi medida utilizando um estadiómetro calibrado e o valor foi registrado no milímetro mais próximo (0,1 cm). A estatura foi avaliada com os participantes de pé, de costas para o estadiómetro e com os pés e joelhos juntos, a cabeça posicionada para que o olhar permanecesse horizontal, de acordo com o plano de Frankfurt. Todos os participantes usaram roupas leves e não usaram sapatos durante todas as medições.

A obtenção de dados de peso e estatura em idosos que se encontravam em cadeiras de rodas e acamados, sendo incapazes de permanecer em pé (12), foi realizada com recurso a medidas estimadas, nomeadamente para o peso através dos perímetros do braço e da perna (geminal) (13), e para a estatura através da distância calcanhar – joelho (14), utilizando as fórmulas específicas. Na medição de ambos os perímetros e da distância calcanhar - joelho foi utilizada uma fita antropométrica não extensível de resolução de 0,1cm.

O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando a fórmula normalizada [Peso (em kg)/Estatura2 (em m)].

Análise estatística

Os dados são apresentados como médias e desvio padrão (DP) para variáveis contínuas ou números (n) e percentagens (%) para variáveis categóricas. Comparou-se a distribuição das características selecionadas entre os grupos, sexos ou categorias de estado nutricional de acordo com o MNA, usando testes de Pearson χ2 para variáveis categóricas ou testes t de Student ou análise de variância (ANOVA), conforme apropriado, para variáveis contínuas. Todos os testes estatísticos foram bicaudais e o nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Todas as análises foram realizadas utilizando o software SPSS versão 23.0 (SPSS Inc, Chicago, IL).

Resultados

Participaram na presente análise 45 participantes (36 mulheres e 9 homens), com uma idade média de 84 anos (DP: 9 anos).

As características demográficas e nutricionais da população, para a amostra total e de acordo com o sexo podem ser observadas na Tabela 1. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para a idade, peso, perímetro do braço, perímetro da perna e IMC. Contudo, os homens são significativamente mais altos do que as mulheres e encontrou-se uma menor proporção de homens nas categorias de IMC <19 kg/m2 e >23 kg/m2.

A Tabela 2 mostra a avaliação de características indicadoras do estado nutricional com base no MNA para a amostra total e de acordo com o sexo dos participantes. Não foram observadas diferenças significativas em nenhum dos parâmetros anteriormente analisados. Também não foram observadas diferenças estatísticas no que toca à pontuação final do MNA ou suas categorias na distribuição por sexo.

Por último, foi avaliado o estado nutricional com base nas 3 categorias da pontuação final no MNA (Tabela 3). Do total da amostra, 5 participantes apresentaram um estado nutricional adequado, 18 apresentaram desnutrição e 22 estavam sob risco. Não existiram relações entre o estado nutricional e o sexo, idade ou IMC. Contudo, existiram diferenças significativas nas variáveis “diminuição da ingestão alimentar nos últimos 3 meses”, “perda de peso nos últimos 3 meses”, “mobilidade”, “passar por situações de stress psicológico ou doença aguda nos últimos 3 meses”, “problemas neuropsicológicos”, “presença de lesões na pele ou escaras”, e “consumo de líquidos”. A maior percentagem de participantes desnutridos apresentava uma diminuição moderada a grave de ingestão nos últimos 3 meses anteriores à entrevista, assim como maior perda de peso durante o mesmo período de tempo. Em relação à mobilidade, existe maior percentagem de indivíduos acamados ou em cadeiras de rodas que apresentam desnutrição: 88,9% dos indivíduos acamados ou em cadeiras de rodas, assim como 11,1% dos que deambulavam apresentaram desnutrição. Dos utentes institucionalizados com desnutrição, 66,7% passaram por algum tipo de stress psicológico ou doença aguda no período que correspondia aos 3 meses antecedentes ao preenchimento do questionário. É também de salientar que a maioria dos pacientes com demência grave, apresentaram desnutrição, assim como a totalidade dos participantes com presença de lesões na pele ou escaras. Finalmente, a metade dos utentes idosos com presença de desnutrição consumiram menos de três copos de líquidos por dia.

Discussão

A avaliação do risco nutricional através do MNA poderá contribuir para o diagnóstico precoce do estado nutricional e prevenção de uma possível deterioração do estado geral de saúde. No presente estudo foi aplicado o MNA em idosos institucionalizados numa residência sénior do distrito de Lisboa, e verificamos que 40,0% apresentavam desnutrição e 48,9% estavam sob risco de desnutrição. A elevada prevalência de idosos em risco nutricional é algo que tem vindo a ser observado ultimamente, tanto a nível nacional como mundial (15).

O local onde os idosos habitam também determina o seu estado nutricional, a qualidade de vida e mesmo o seu bem-estar físico e psicológico (16). Numa revisão sistemática e meta-análise de dados sobre o estado nutricional em pessoas idosas usando o MNA, a prevalência de desnutrição diferiu significativamente entre os ambientes de saúde considerados: na comunidade foi de 3,1%; em ambulatorio de 6,0%; em serviços de atendimento domiciliar de 8,7%; a nível hospitalar de 22,0%; lares de idosos de 17,5%; em unidades de cuidados de longo prazo foi de 28,7%; e em unidades de reabilitação de 29,4% (17). Em Portugal verifica-se uma baixa prevalência da desnutrição dos idosos na comunidade de forma geral e um elevado número de idosos em risco nutricional, quando comparado com idosos institucionalizados que se encontram maioritariamente desnutridos (16). De acordo com o estudo PEN 3S, 4,8% dos idosos que residem em lares estão desnutridos enquanto que apenas 0,6% dos idosos que residem nas suas casas se encontravam na mesma situação clínica. No caso de risco de desnutrição verificou-se que nos lares este risco foi de 38,7% enquanto que para aqueles que residem nas suas residências habituais foi de 16,9% (6). O mesmo também se verifica fora de Portugal, nomeadamente no Brasil, onde a maioria da população se encontra em risco de desnutrição, particularmente os idosos institucionalizados à semelhança de Portugal (18). Divergindo das conclusões do presente estudo, assim como de diversa evidência científica, Saka et al., Serrano-Urrea e García-Meseguer demonstraram que na Turquia e em Espanha, respetivamente, os idosos residentes em instituições encontravam-se melhor nutridos do que nas suas residências habituais (19,20).

Os elevados níveis de desnutrição e risco de desnutrição encontrados nesta residência sénior, superiores aos dados encontrados na literatura, também podem estar relacionados com a inexistência na instituição de um técnico especializado na área da nutrição, para realizar estas avaliações por rotina e a consequente intervenção nutricional, para evitar estes níveis elevados, com claras consequências para a saúde destes idosos.

Durante o processo de envelhecimento ocorre uma diminuição tanto do equilíbrio como da mobilidade funcional, já para não referir que a imobilidade é um dos fatores associados à diminuição da ingestão oral (20,21). Os nossos resultados podem em parte ser explicados por esta afirmação, já que observamos que apenas os idosos com estado nutricional adequado apresentavam mobilidade normal. Também a presença de stress psicológico observou-se apenas em idosos sob o risco de desnutrição e em idosos desnutridos. É conhecido que os problemas neuropsicológicos têm alta incidência no idoso interferindo na sua autonomia, no desempenho social ou profissional do indivíduo (22). Neste estudo, a desnutrição esteve associada à demência grave, situação que é igualmente reportada noutros trabalhos (23,24). Por outro lado, a presença de lesões na pele ou escaras apenas se observou em idosos desnutridos. Neste sentido, estudos já previamente publicados indicam a existência de associações entre a desnutrição e o desenvolvimento de lesões por pressão e consequentemente a dificuldade da sua cicatrização (21).

O nosso estudo tem vários pontos fortes, como por exemplo a utilização de uma ferramenta validada e publicada para a avaliação do estado nutricional. Contudo, algumas limitações devem ser assumidas. Trata-se de um estudo de caso com uma amostra reduzida o que limita o significado dos resultados, e a existência de outras potenciais correlações. Na nossa pequena amostra, observámos uma elevada prevalência de subnutrição, que afecta negativamente o estado geral de saúde das populações idosas e particularmente no seio dos idosos institucionalizados. Contudo, este estudo reflete apenas a realidade de uma única instituição. É importante realizar de forma mais frequente mais estudos em outras residências sénior, e com uma amostra superior de modo a fortalecer a evidência científica sobre a prevalência, mas sobretudo também a incidência, de risco nutricional e de desnutrição em idosos institucionalizados no nosso país.

Conclusões

Nesta residência sénior verificamos que os valores de desnutrição e de risco de desnutrição são elevados, evidenciando a necessidade da intervenção nutricional, pois estes locais necessitam de técnicos especializados na área, no sentido de promoverem um bom estado nutricional, tão importante, particularmente nesta faixa etária.

Declaração sobre as contribuições do autor

B.S. concetualização e conceção do estudo; B.S, D.P. implementação experimental e recolha de dados; C.F.-P. análise de dados; D.P, C.F.- P. redação, edição e revisão; C.F.-P. tabelas, figuras e gráficos; C.F.-P., B.S. supervisão; C.F.-P., B.S. redação final.

Financiamento

Cíntia Ferreira Pêgo é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) Contrato de Estímulo ao Emprego Científico com o número de referência CEEC/CBIOS/NUT/2018. Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P., ao abrigo dos projetos UIDB/04567/2020 e UIDP/ 04567/2020, e ALIES-COFAC - PADDICC2021.

Agradecimentos

Os autores agradecem a todos os participantes.

Conflito de Interesses

Todos os autores declararam que não existem relações financeiras e/ou pessoais que possam representar um potencial conflito de interesses.

 

Referências

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